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sábado, 26 de setembro de 2009

Filosofia do Judô


Filosofia do Judô
“Conhecer-se é dominar-se e dominar-se é triunfar.”
O homem para saber suas possibilidades frente ao mundo em que vive, para reagir a cada momento frente a situações que vão lhe exigir ações e soluções, diretas ou indiretas, necessita conhecer a si mesmo, saber quais as qualidades e deficiências que possui, para então harmoniosamente, apresentar ou utilizar atitudes mais adequadas à necessidade. De posse em seu íntimo dessa auto-análise, adquire o homem a base que lhe dará um melhor controle emocional, uma melhor postura frente ao mundo, uma melhor e mais inteligente utilização de seu potencial de forças, que por sua vez lhe darão maiores possibilidades de triunfar.
“Quem teme em perder já está vencido.”
Quando entramos em uma disputa incertos, inseguros, temerosos, nossas forças desassociam e enfraquecem, colocando-nos à mercê daqueles que buscam com mais garra.
“Somente se aproxima da perfeição, quem a procura com constância, sabedoria e sobretudo, humildade.”
Somente Deus é perfeito.
O homem pode e deve, entretanto, tentar sempre se aproximar da perfeição em todas as suas obras e durante a sua vida. Assim, fazendo com constância, sabedoria e humildade, estará também contribuindo para que o mundo seja mais humano e feliz. Portanto, estará trabalhando para a complementação desse mesmo mundo que nos foi dado e pelo qual todos somos responsáveis.
“Quando verificares com tristeza que nada sabes, terás feito teu primeiro progresso aprendizado.”
Tantos são os mistérios do mundo, tão incipientes os nossos conhecimentos, que se nos tornarmos sábios em uma única e simples matéria, seria no mínimo uma enorme ignorância. Isto porque na medida em que nos aprofundamos no conhecimento de um determinado assunto, vemos que na meta final se distancia e se ramifica tantas outras opções, nem sempre coerentes, tantas vezes contraditórias, que nos levam a reconhecer com tristeza, que nada ou muito pouco sabemos ainda, e que essa meta final não se encontra ao nosso alcance.
“Nunca te orgulhes de haver vencido teu adversário. O que derrotaste hoje, poderá derrotar-te amanhã. A única vitória que perdura é a que se conquista sobre a própria ignorância.”
O orgulho não se justifica nunca, porque ninguém é Deus para ter certeza da vitória na próxima luta. O orgulho nunca nos levará a boas opções, pelo contrário, antítese da humildade, ele só nos possibilita sermos arrogantes, soberbos e auto-suficientes, criando à nossa volta um clima hostil à nossa presença. A própria vitória contra a ignorância não justifica o orgulho, pois o saber deve ser instrumento de realização visando uma coletividade e a ela oferecido.
“Saber cada dia um pouco mais, utilizando o saber para o bem, esse é o caminho do verdadeiro judoca.”
No seu dia a dias, nos mais corriqueiros atos da vida, o homem aprende sempre um pouco mais, pois ele é um ser dinâmico e evolutivo. Assim, é significativo o fato de que os governantes, na sua grande maioria e entre os povos mais díspares, em toda a historia da humanidade, serem sempre pessoas mais idosas. Esse fato é explicado em razão de que a soma de conhecimentos, o melhor controle emocional e a experiência acumulada durante anos, suplanta também o arrojo e o vigor físico dos jovens. Quanto a usar esses conhecimentos, virtudes ou qualidades para o bem, é uma questão de “princípios”, inerentes ao homem de bem e ao judoca principalmente.
“O judoca não se aperfeiçoa para lutar, luta para se aperfeiçoar.”
Fosse a vitória em cima do tatame a primeira e única meta do judoca, então sim, ele voltaria toda sua capacidade, todo seu aperfeiçoamento para essa luta, que igual a tantas outras, pobres em seus motivos, nada de duradouro e demais útil proporcionaria. Felizmente não, suas metas são tão mais importantes e úteis porque visam um mundo melhor, mais bonito, mais humano e feliz. Esse é o ideal que buscamos.
“O judoca é o que possui: inteligência para compreender aquilo que lhe ensinam e paciência para ensinar o que aprendeu aos seus semelhantes.”
A inteligência que deve ter o judoca para compreender aquilo que lhe ensinam, acrescentamos a perseverança e humildade. Perseverança, porque nem sempre possuímos a facilidade do aprendizado rápido e justo e a demora que pode vir a nos levar a abandonar ou negligenciar conhecimentos que nos farão falta.
Um pouco de perseverança possibilitará sempre seu aprendizado. Humildade, porque sem ela podemos achar que somos sábios e do alto da nossa suficiência não desceremos para aprender o que não sabemos.
No transcorrer da vida, há uma seleção natural que escolhe os que transmitirão os ensinamentos para gerações futuras. Assim é no Judô. Aquele que teve paciência para perseverar durante anos, acumulando conhecimentos e experiências, certamente terá em grande dose a paciência necessária para ensinar o que aprendeu, contribuindo assim para que a nossa arte caminhe para o futuro.
“Praticar Judô é educar a mente a pensar com velocidade e exatidão, bem como o corpo a obedecer com justeza. O corpo é uma arma cuja eficiência depende da precisão com que se usa a inteligência.”
Na medida em que acumulamos experiência na prática do Judô e nos aprofundamos em seus conhecimentos, nos seus fundamentos, mais fascinantes se tornam aos olhos, dada sua abrangente diversidade de valores físicos, morais intelectuais e espirituais. Não é de se estranhar então, que nos eduque a mente e nos ensine a pensar com velocidade e exatidão, e o corpo obedecer com justeza.
Filosofias extraídas do livro “A arte do Judô”, de Stanlei Virgílio. Páginas 22, 23, 24 e 25. Porto Alegre-RS. 3ª edição. Editora Rigel, 1994.

O significado do Kimono


O significado do Kimono
O traje usado para praticar o Judô chama-se “JUDOGUI”.
Consiste numa vestimenta ampla, branca, composta de duas peças: O Blusão (Wagui) e as Calças (Zubon). Em torno da cintura o judoca usa a faixa (Obi) amarrada com um nó direto, que representa seu nível de aprendizado.
O Kimono (Judogui) representa a nossa mente (por isto, deve ser branco, imaculado); a Faixa corresponde ao nosso caráter, nossa formação (ela nos envolve de responsabilidade); o Nó é a nossa fé, nosso respeito, nossa compromisso (por isto, nunca devemos desamarrar nossas faixas em frente aos nossos Superiores).
Em demonstrações, fotos e filmes didáticos, Tori e Uke costumavam usar quimonos diferentes, sendo aceito o amarelo, cinza, azul ou negro, apenas com a finalidade de se diferenciar mais facilmente os movimentos de quem aplica e de quem recebe a técnica.

A Psicologia e o Judô


A Psicologia e o Judô
O funcionamento do corpo psíquico do homem, não é tão simples como parece ser, e sua utilidade no caminho do judô, não é reconhecida por muitos professores, pois eles próprios o desconhecem. O homem é dividido interiormente em 7 partes psíquicas, mas no caso só nos interessam 5. Estas partes são chamadas de centros:1º) Centro intelectual, é a parte que cuida do pensamento e tudo com ele é relacionado.
2º) Centro emocional, como já explica o nome, é a parte onde se manifesta as nossas emoções: alegrias, tristezas, rancores, paixões, etc.
3º) Centro instintivo, é onde se manifesta tudo aquilo que é inato do homem, como a visão, o olfato, o paladar, o tato e a audição.
4º) Centro sexual.
5º) Centro motor, no momento, é o que mais interessa, pois praticando o judô, agimos diretamente neste centro, através dos treinos dos golpes em UCHICOMI, entrada simulada.
O centro motor de uma pessoa é a parte que cuida dos movimentos aprendidos, desde a infância, quando aprendemos a andar, pegar as coisas e nos movermos de um modo geral. Estes movimentos são muito mais rápidos, quando não são regidos pela parte intelectual da pessoa. Os movimentos intelectuais são aqueles que raciocinamos, como fazê-los, citamos como exemplos, os movimentos que temos de aprender, ao dirigirmos um carro, uma bicicleta e etc. depois de certo tempo, quando os movimentos já se tornam automáticos e não precisamos mais raciocinar para fazê-los, eles passam a ser comandados pelo centro motor, deixando então de serem regidos pelo centro intelectual.
Durante o treinamento simulado do judô, dentro da parte psíquica, vai-se desenvolvendo a parte motora, até chegar ao ponto em que o intelecto não é mais necessário. Quando isto acontece, o lutador estará desenvolvido tecnicamente, pois enquanto raciocinar para lutar, não estará fazendo uso da parte motora, que é muito mais veloz. O corpo físico do lutador, durante os treinos adquire músculos nas partes necessárias para o emprego da força, durante a execução do movimento motor, que treinado se torna um técnico. Estas duas partes que formam o homem devem ter a mesma utilidade, ou seja, ambos devem ser treinados, os músculos e o centro motor.
Por estes motivos, que os treinos constantes, levam o lutador a adquirir força e técnica, pois a execução de golpes dados a uma maneira certa e constante equilibra a parte motora com a física.

Jigoro Kano

Jigoro Kano

Jigoro Kano, que era pequeno e fraco por natureza, começou a praticar o jiu-jitsu aos 18 anos pelo propósito de não ser dominado por sua fraqueza física. Ele aprendeu atemi-waza (técnicas de percussão), e katame-waza (técnicas de domínio) do estilo jiu-jitsu Tenjin-shin-yo Ryu e nague-waza (técnicas de arremesso) do estilo de jiu-jitsu Kito Ryu. Baseado nestas técnicas ele aprofundou seus conhecimentos tomando como base a força e a racionalidade. Além disso, criou novas técnicas para o treinamento de esportes competitivos, mas também pelo cultivo do caráter. Adicionando novos aspectos ao seu conhecimento do tradicional jiu-jitsu o professor Kano fundou o Instituto Kodokan,com a educação física, a competição e o treinamento moral como seus objetivos.
Em fevereiro de 1882, Jigoro Kano inaugura sua primeira escola denominada Kodokan (Instituto do Caminho da Fraternidade). A Kodokan estava localizada no segundo andar de um templo budista Eishoji de Kita Inaritcho, bairro de Shimoya em Tóquio, onde havia doze jos (jo medida de superfície, módulo de tatame). O primeiro aluno inscreveu-se em 05 de junho de 1882, chamava-se Tomita. Depois vieram Higushi, Arima, Nakajima, Matsuoka, Amano Kai e o famoso Shiro Saigo (Sugata Sashiro). As idades oscilavam entre 15 e 18 anos. Kano albergou-se e ocupou-se deles como se fosse um pai. Foi um período difícil, mas apaixonante, o jovem professor não tinha dinheiro e o shiai-jo media 20m², mas a escola progrediu e em breve tornou-se célebre.
O ju-jitsu foi substituído pelo judô pela razão de que enquanto “jitsu” significa técnica o “do” significa caminho, este último podendo ter dois significados: o de um caminho em que você anda e passa e o de uma maneira de viver.Como meio de ensino, no Kodokan, Jigoro Kano adotou o randori, kata e métodos catequéticos, adicionando educação física ao treinamento intelectual e à cultura moral. A harmonia desses três aspectos de educação constituem a educação ideal pela qual o judô será ensinado.Ao redor do ano 20 da era Meiji (1887), o judô tinha dominado o ju-jitsu, que foi varrido de vários países. O princípio do “JU”, do judô, passou a significar o mesmo que na frase “gentileza é mais importante que obstinação”.Assim a teoria do “JU”, que é gentileza, suavidade, pretende utilizar a força do oponente sem agir contra ela, podendo ser aplicada não somente na competição, mas também aos aspectos humanos.
Jigoro Kano desenvolveu as técnicas de amortecimento de quedas (ukemis), bem como criou uma vestimenta especial para o treino do judô (o judogui), pois o uniforme utilizado pelos cultores de jujutsu, denominado hakamá provocava freqüentemente ferimentos. A nova arte do mestre tinha duas formas distintas, uma abrangia as técnicas de queda, imobilizações, chaves e estrangulamentos. Essa forma evoluiu para o esporte e a outra parte consistia nas técnicas de golpear com as mãos e os pés, em combinações com agarramentos e chaves para imobilização, inclusive ataques em pontos vitais, atemi-waza. Essa forma evoluiu para a defesa pessoal, goshin-jutsu.
Jigoro Kano nos legou vários manuscritos, nos quais em geral assinava com pseudônimos, dentre estes, um muito usado por ele era “Ki Itsu Sai” que quer dizer, tudo é unidade. Kano também era poliglota, pois falava quatro línguas além do japonês, francês, alemão, inglês e espanhol. Lamentavelmente a 04 de maio de 1938, morre Jigoro Kano de problemas pulmonares, a bordo do transatlântico “Hikawa Maru”, quando voltava do Cairo, onde havia presidido a assembléia geral do comitê internacional dos jogos olímpicos. Não houve para ele tempo de assistir a Universidade do Judô, mas tinha certeza da sua perpetuação. “Quando eu morrer, o Judô Kodokan não morrerá comigo, porque muitas coisas virão a ser desenvolvidas se os princípios de minha arte continuarem sendo estudados”.

A História do Judô

A História do Judô
A criação do Judô: Prof. Jigoro Kano funda a Kodokan

Jigoro Kano, que era pequeno e fraco por natureza, começou a praticar o ju-jitsu aos 18 anos pelo propósito de não ser dominado por sua fraqueza física. Ele aprendeu atemi-waza (técnicas de percussão), e katame-waza (técnicas de domínio) do estilo ju-jitsu Tenjin-shin-yo Ryu e nague-waza (técnicas de arremesso) do estilo de ju-jitsu Kito Ryu. Baseado nestas técnicas ele aprofundou seus conhecimentos tomando como base a força e a racionalidade. Além disso, criou novas técnicas para o treinamento de esportes competitivos mas também pelo cultivo do caráter.Adicionando novos aspectos ao seu conhecimento do tradicional ju-jitsu o professor Kano fundou o Instituto Kodokan,com a educação física, a competição e o treinamento moral como seus objetivos.Com o estabelecimento do dojô Kodokan, em 1882, e com 9 alunos, Jigoro Kano começou seus ensinamentos do judô. O texto do estudioso japonês Yoshizo Matsumoto mostra os conceitos iniciais deste esporte e os seus objetivos.
Prof.Jigoro Kano
Fundação do Instituto Kodokan
O prof. Kano estabeleceu o Instituto Kodokan em 1882, época em que o dojô (local de treino) tinha apenas 12 tatamis e o número de alunos era nove. O ju-jitsu foi substituído pelo judô pela razão de que enquanto "jitsu" significa técnica o "do" significa caminho, este último podendo ter dois significados: o de um caminho em que você anda e passa e o de uma maneira de viver.Como meio de ensino, no Kodokan, Jigoro Kano adotou o randori, kata e métodos catequéticos, adicionando educação física ao treinamento intelectual e à cultura moral. A harmonia desses três aspectos de educação constituem a educação ideal pela qual o judô será ensinado.Ao redor do ano 20 da era Meiji (1887), o judô tinha dominado o ju-jitsu, que foi varrido de vários países. O princípio do "JU", do judô, passou a significar o mesmo que na frase "gentileza é mais importante que obstinação".
Assim a teoria do "JU", que é gentileza, suavidade, pretende utilizar a força do oponente sem agir contra ela, podendo ser aplicada não somente na competição mas também aos aspectos humanos.
Boa cultivação e uso da energia
O prof. Kano disse em 1910 que a teoria da cultivação da energia tratava de adotar um método para melhorar a habilidade mental e física pelo armazenamento de ambas quanto for possível. Ele disse que o seu bom uso é cultivar e usar a energia humana para o bem e que a teoria pode ser adquirí-la através do treinamento de judô, podendo ainda ser ampliada para todos os aspectos da vida. Antes de se expandir, o conceito de judô do professor veio a formar dois grandes guias: o melhor uso da energia individual e o bem estar mútuo. Com estes princípios o judô expandiu-se no próprio Japão e no exterior. Com esta base, o prof. Kano deixou como ensinamento que através do treinamento a pessoa deve se disciplinar, cultivar o seu corpo e espírito através das técnicas de ataque e defesa, fazendo engrandecer a essência do caminho.O melhor uso da energia e o bem estar mútuo são uma versão resumida dos ensinamentos de Jigoro Kano, que definiu como objetivo último do judô construir a perfeição de uma pessoa e beneficiar o mundo.
Fonte:
www.judobrasil.com.br .... Texto de Yoshizo Matsumoto, publicado na revista oficial da "Jigoro-Kano Cup International Judo Tournament", 1996

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Troféu Mestre Mercival Daminelli






SENSEI MERCIVAL BREDA DAMINELLI - 19 9618 0973 - 19 8837 6017

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